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Formação-ação reforça competitividade no Turismo

Maria José Capacete, Vogal da Comissão Executiva da Confederação do Turismo de Portugal destaca os impactos da formação-ação nas PME do setor.

30 de Abril 2025 | Notícias

PME apostam numa metodologia que alia formação e consultoria no local de trabalho, com resultados práticos e imediatos.

Maria José Capacete, Vogal da Comissão Executiva da Confederação do Turismo de Portugal, destaca os impactos da formação-ação nas PME do setor.

A prática como ponto de partida

Está a crescer entre as empresas portuguesas, em especial nas PME do setor do Turismo, o interesse pela formação-ação — uma metodologia que conjuga formação e consultoria no local de trabalho, com foco em resultados concretos.

“A formação-ação rompe com os modelos convencionais de formação, baseados exclusivamente na transmissão teórica de conteúdos. Aqui, o conhecimento constrói-se na prática, no contexto real de trabalho do formando”, explica Maria José Capacete, Vogal da Comissão Executiva da Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

Diagnóstico à medida de cada empresa

O processo começa com um diagnóstico personalizado, realizado com o envolvimento direto dos empresários e equipas, para identificar as principais necessidades de cada organização.

“A formação-ação é, acima de tudo, uma intervenção centrada nas pessoas. Parte dos conhecimentos e da experiência que já existem nas empresas, e atua sobre as competências que precisam de ser reforçadas para enfrentar novos desafios”, afirma a responsável.

A metodologia combina sessões de formação em sala com momentos de consultoria individualizada nas próprias empresas, permitindo aplicar imediatamente os conhecimentos adquiridos.

Impacto visível na gestão e nos resultados

No anterior quadro comunitário, o programa de formação-ação promovido pela CTP apoiou 3.079 PME do Turismo, capacitando mais de 10 mil trabalhadores em áreas como a sustentabilidade, a digitalização, a qualidade no atendimento ou a organização interna.

“Estávamos longe de imaginar que conseguiríamos envolver tantas empresas. Superámos largamente as metas previstas, mesmo num contexto particularmente difícil como foi o da pandemia”, recorda Maria José Capacete.

E acrescenta: “Muitas destas PME alteraram a forma como gerem os seus negócios. Ganharam ferramentas para inovar, melhorar a relação com os clientes, repensar os seus serviços. E isso teve um impacto direto na sua competitividade.”

Uma metodologia para o futuro

A CTP acredita que a formação-ação será determinante para enfrentar os novos desafios do setor, num contexto em constante mudança.

“Numa altura em que o Turismo precisa de se afirmar pela qualidade, diferenciação e capacidade de resposta, investir nas pessoas é uma prioridade absoluta. Esta metodologia é um instrumento eficaz para o fazer”, defende.

Além de melhorar os níveis de qualificação e desempenho, a formação-ação ajuda a reposicionar as empresas no mercado.

“A capacitação dos trabalhadores é indissociável da inovação. É a partir daí que se criam soluções novas, que se otimizam processos e se constrói valor. Empresas mais capacitadas são empresas mais preparadas para crescer.”

O setor do Turismo aguarda agora com expectativa a continuidade desta tipologia no novo ciclo de apoios do COMPETE 2030. “Queremos dar continuidade a este trabalho, porque sabemos que os resultados chegam, e são transformadores”, conclui Maria José Capacete.

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