A Bresimar está a desenvolver a “BIoT – Solução IoT de monitorização do processo de tratamento de biorresíduos”, uma operação cofinanciada pelo COMPETE 2030, cuja ambição é responder às crescentes exigências de sustentabilidade e inovação no setor da gestão de resíduos. Esta iniciativa surgiu no contexto da diretiva europeia 2018/851/EU, que obriga os municípios a tratarem os seus biorresíduos a partir de janeiro de 2024, promovendo a economia circular e reduzindo o envio de resíduos para aterro. A operação BIoT consiste em sensores de temperatura, oxigénio e humidade, ligados a um gateway capaz de transmitir e armazenar dados, e numa plataforma IoT para análise e visualização em tempo real.
Nas palavras de Margarida Amaral, responsável pela operação, “na Bresimar, acreditamos que a inovação é essencial para criar soluções tecnológicas que fazem a diferença. A operação BioT nasceu dessa visão e surge como resposta à necessidade crescente de soluções integradas para a monitorização ambiental. O objetivo é desenvolver um sistema IoT avançado, composto por sensores wireless de temperatura, humidade e oxigénio, suportados por uma infraestrutura de comunicação robusta, incluindo um gateway universal com compatibilidade expandida e funcionalidades avançadas de análise e visualização de dados.”
Esta aposta tecnológica pretende suprir a lacuna existente nos métodos de monitorização de biorresíduos, tornando o processo de compostagem mais eficiente e fiável. A capacidade de recolher dados continuamente e em tempo real é fundamental para garantir as condições ideais de temperatura, humidade e oxigenação, promovendo uma decomposição adequada dos resíduos orgânicos. A responsável pela operação sublinha ainda o contributo decisivo dos apoios recebidos: “O apoio do Compete 2030 foi determinante para a evolução da operação, permitindo a investigação e desenvolvimento de novos sensores com maior eficiência energética, comunicação otimizada e capacidade de armazenamento interno. Além disso, possibilitou a criação desta infraestrutura integrada, garantindo fiabilidade na recolha, transmissão e processamento de dados em tempo real.”
A validação em ambientes reais e a integração de novas tecnologias asseguram que a BIoT vá ao encontro das necessidades de diferentes setores, desde a gestão de resíduos à agricultura de precisão, passando pela indústria. “Este investimento permitiu-nos não só integrar novas tecnologias, como também aprimorar a tecnologia existente e acelerar a validação em ambientes reais, garantindo maior precisão e fiabilidade dos dados recolhidos. Com isso, a BioT posiciona-se como uma solução inovadora para setores como a indústria, a gestão de resíduos e a agricultura de precisão.”
Através do gateway BIoT, capaz de efetuar pré-processamento local, armazenar dados em caso de falha de comunicação e estabelecer ligação 3G/4G, procura-se maximizar o alcance e a versatilidade da solução. Além disso, a plataforma de análise e visualização de dados, suportada por algoritmos de machine learning, promete facilitar a tomada de decisões e alertar para ações preventivas e preditivas. Margarida Amaral salienta: “Graças ao financiamento do Compete 2030, conseguimos reforçar a nossa competitividade a nível nacional e internacional, impulsionar a inovação e criar uma solução tecnológica alinhada com os desafios atuais da digitalização e sustentabilidade.”
A operação BIoT assume-se, assim, como um passo decisivo na transição para uma economia mais verde, possibilitando uma monitorização contínua e inteligente da compostagem. O compromisso futuro é reforçado pelas palavras de Margarida Amaral: “Estamos entusiasmados com o futuro e com o impacto positivo que a BioT pode gerar e continuamos empenhados em desenvolver tecnologia que contribua para um mundo mais conectado e sustentável.”
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A transformação do mercado de trabalho exige novas qualificações. A UE aposta na aprendizagem contínua para reforçar a empregabilidade e a competitividade económica.