1.067 M€ a concurso e 471 M€ de incentivo aprovado
Desde o início do Programa, o COMPETE 2030 tem promovido avisos de concurso para apoiar a inovação e o desenvolvimento empresarial, contribuindo para a competitividade da economia nacional.
António Ricardo Oliveira, membro do Conselho de Administração da OLI, partilha os bastidores da estratégia inovadora que impulsionou o sucesso da empresa, líder em patentes na Europa e maior produtora de autoclismos do Sul da Europa.
António Ricardo Oliveira, membro do Conselho de Administração da OLI, partilha os bastidores da estratégia inovadora que impulsionou o sucesso da empresa, líder em patentes na Europa e maior produtora de autoclismos do Sul da Europa.
Há quanto tempo trabalha na empresa?
o Cheguei à OLI no início de 2015, por isso há nove anos.
Quais são os maiores desafios que enfrentam enquanto empresa familiar e como os superam?
o Considero que na sua maioria os principais desafios das empresas familiares são idênticos aos das outras empresas. No momento atual o principal desafio tem sido continuar a crescer em vendas de sustentada, introduzir constantemente inovação nos produtos e nos processos, ter uma equipa dinâmica e de qualidade, manter grande foco na qualidade, sustentabilidade e no cliente.
o Para superar estes desafios a OLI tem contado com uma equipa muito qualificada, alinhada com uma estratégia ambiciosa de internacionalização e crescimento de vendas, suportada por investimento constante (o registo dos últimos 3 anos é de 2.8M€) em I&D e novos produtos, no aumento eficiência produtiva, e resiliência dos sistemas de informação.
Qual é o papel da inovação/investigação na sustentabilidade e crescimento do vosso negócio?
o A inovação é fundamental para a nossa dinâmica enquanto empresa e está no centro da nossa estratégia. É um elemento-chave da nossa proposta de valor e do nosso posicionamento enquanto marca.
o De referir que o crescimento da OLI foi muito suportado pela exportação, com a entrada nos mercados internacionais a ser alcançada através da introdução de produtos diferenciadores. Além disso, a capacidade de inovação e desenvolvimento permitiu criar parcerias com grandes fabricantes internacionais, para quem desenvolvemos soluções à medida e que nos procuram para desenvolver projetos de raiz ou para encontrar soluções para problemas concretos.
o Nos últimos anos aliámos o design à inovação e estabelecemos parcerias com arquitetos de prestígio como Siza Vieira ou Souto de Moura que, ao desenharem conceitos de produtos para a OLI, lançam grandes desafios à equipa que os irá converter em produto final.
De que forma os fundos comunitários, nomeadamente o COMPETE 2020, tem contribuído para impulsionar o desenvolvimento e competitividade da vossa empresa?
o Claramente que sim. A OLI tem desenvolvido, no âmbito do programa COMPETE 2020 vários projetos de Investigação e Desenvolvimento e Inovação de produto, tanto em parceria com entidades do Sistema Científico e Tecnológico como com outras empresas. Estes projetos apresentaram, na sua maioria, uma grande componente de investigação e, por consequência, um elevado grau de risco e incerteza.
o O esforço financeiro nestes projetos foi elevado devido ao empenho de recursos humanos altamente qualificados, à aquisição de infraestruturas e ferramentas de suporte ao desenvolvimento e à gestão de projetos.
o Nesse sentido, o acesso ao COMPETE 2020 permitiu diminuir o risco financeiro associado e impulsionou a realização destes projetos, facilitando o estabelecimento de parcerias e obrigando a uma gestão muito próxima.
o Os resultados obtidos foram importantes com novos produtos a serem lançados para o mercado e com a criação de conhecimento relevante, que inclusivamente levou ao registo de patentes de invenção e naturalmente à criação de know how que passou a ser aplicado em novos projetos.
Quais são os vossos planos futuros de expansão e diversificação de atividades?
o Os planos futuros de expansão passam pela identificação e análise de oportunidades para prosseguir a internacionalização da OLI, concretamente através da criação de novas filiais, comerciais ou produtivas, que nos permitam consolidar a nossa rede de distribuição na europa e produzir noutras geografias relevantes onde hoje não temos condições para competir.
o Esta expansão através da criação de estruturas próprias em novos mercados permite-nos realizar um trabalho comercial de grande proximidade e suportar a introdução e venda de novos produtos, complementares à nossa gama atual.
Sobre a empresa
A OLI – Sistemas Sanitários é uma marca global com 70 anos de história em Portugal. Está presente em casas de banho por todo o mundo, desde hotéis luxuosos no Médio Oriente até hospitais modernos na Europa e barcos-hotel na América do Sul.
O objetivo do grupo familiar aveirense é desenvolver soluções que tornem a casa de banho mais eficiente, confortável e segura para todos. Destacam-se no seu vasto portfólio os autoclismos interiores, as torneiras de boia silenciosas, as estruturas autoportantes ajustáveis e as placas de comando com design contemporâneo.
A inovação e o design de autor são marcas registadas da OLI, em parceria com arquitetos notáveis como Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto de Moura, Romano Adolini e Alessio Pinto.
Além disso, é uma das empresas portuguesas que mais patenteia na Europa. Desde a sua fundação em 1980 por António Oliveira, o maior produtor de autoclismos da Europa do Sul tornou-se um exemplo de excelência. Exportando 80% da sua produção para 80 países em cinco continentes, a OLI, com 419 colaboradores em Portugal, destaca-se como uma das mais inovadoras no setor da construção, com um forte compromisso com a excelência e exclusividade.
Sobre o Projeto OLI+INP2020
Numa constante aposta em Investigação e Desenvolvimento, a OLI realizou este projeto, visando aumentar a capacidade produtiva e criar produtos inovadores. As principais áreas de desenvolvimento incluíram:
O projeto contou com o cofinanciamento do COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação, envolvendo um investimento elegível de 5,6 milhões de euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 2,2 milhões de euros.
Desde o início do Programa, o COMPETE 2030 tem promovido avisos de concurso para apoiar a inovação e o desenvolvimento empresarial, contribuindo para a competitividade da economia nacional.
Nos dias 23 e 24 de outubro, a região do Alentejo foi palco da 4.ª Reunião do Comité de Acompanhamento do COMPETE 2030. Este encontro procurou fortalecer o diálogo e a colaboração, impulsionando o desenvolvimento de iniciativas cofinanciadas pelo Programa.
Lisboa foi eleita Melhor Destino Culinário da Europa, enquanto o Porto recebeu o título de Melhor Destino Culinário Emergente.