O Bio-Waste2Carbon está a revolucionar a gestão florestal e a descarbonização através de uma abordagem inovadora e sustentável, cofinanciada pelo COMPETE 2030.
A operação “Bio-Waste2Carbon (BW2C): Captura criogénica de carbono de gases de pós-combustão de resíduos florestais”, cofinanciado pelo COMPETE 2030, destaca-se como uma iniciativa inovadora e estratégica para abordar desafios cruciais ligados à gestão florestal, descarbonização e transição energética. Nas palavras de João Silva Pereira, responsável da operação, o BW2C “representa uma abordagem inovadora, sustentável e estratégica” que visa transformar resíduos florestais em oportunidades de valor acrescentado.
O pilar central desta operação é o Kryos-C, um sistema revolucionário projetado para transformar resíduos florestais em CO2 sólido biogénico, uma matéria-prima de elevado valor que desempenha um papel crucial em objetivos estratégicos nacionais. Este material é essencial para a transição energética, permitindo o armazenamento de energia na forma de CO2 sólido, e para a descarbonização de setores que não podem ser eletrificados, como os transportes de longo curso. “O CO2 biogénico é um produto chave, juntamente com o hidrogénio, na síntese de biocombustíveis sintéticos verdes”, destacou João Silva Pereira.
Uma das características mais distintivas do Kryos-C é a sua mobilidade e autonomia energética, o que permite a captura in situ do CO2 biogénico diretamente nas florestas. Segundo João Silva Pereira, esta capacidade “possibilitará a criação de modelos de gestão florestal economicamente viáveis”, contribuindo para uma limpeza mais eficiente das florestas e para a redução do risco de incêndios. Esta funcionalidade não só representa um avanço técnico, mas também oferece uma solução prática e economicamente sustentável para os desafios da gestão florestal em Portugal.
O sucesso do BW2C depende de um consórcio multidisciplinar, composto pelas empresas privadas SustainC e Fravizel, e pelas entidades não empresariais ADAI e a Universidade de Coimbra. A SustainC, que lidera o consórcio, “procura diferenciar-se no mercado pela inovação e desenvolvimento de novas soluções e produtos”, com o objetivo de explorar o potencial económico dos resíduos florestais e de integrar o CO2 biogénico no mercado. Esta visão está perfeitamente alinhada com os objetivos da operação BW2C e com as metas de sustentabilidade energética e inovação.
O apoio do COMPETE 2030 desempenha um papel crucial na viabilização desta operação. “O apoio do COMPETE 2030 é, indubitavelmente, essencial para transformar esta visão em realidade”, afirmou João Silva Pereira, sublinhando a importância do financiamento para o desenvolvimento do sistema Kryos-C e para o avanço da operação em direção a objetivos que beneficiam não só o setor florestal, mas também a sociedade como um todo.
Em suma, a operação BW2C posiciona-se como uma resposta inovadora e integrada a desafios ambientais e energéticos prementes, contribuindo para um futuro mais verde e sustentável. Com a tecnologia Kryos-C, o potencial dos resíduos florestais é maximizado, transformando-os numa solução para problemas globais como as alterações climáticas e a transição energética.
O Apoio do COMPETE 2030
A operação contou com um investimento total elegível de 5.720.648 euros, dos quais 4.403.146 euros foram financiados pelo FEDER, através do programa COMPETE 2030.
Links
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Portugal traça um caminho ambicioso rumo à sustentabilidade climática, definindo metas claras e estratégias integradas para alcançar a neutralidade carbónica até 2050.
Conferência “Sustainability In Product Development”, promovida pela NERLEI, serviu para debater desafios na sustentabilidade do setor da fileira da casa.