CMC Biomassa revoluciona o setor com biocombustíveis sólidos
Projeto inovador da CMC Biomassa, cofinanciado pelo COMPETE 2020, transforma resíduos em biocombustíveis sólidos de emissão zero para o setor industrial.
Projeto inovador cofinanciado pelo COMPETE 2020, transforma resíduos em biocombustíveis sólidos de emissão zero para o setor industrial.
A CMC Biomassa lidera um projeto inovador que visa a produção de farinhas de madeira como combustível industrial, através de um processo de biorrefinaria dedicado às biomassas florestais. Esta iniciativa representa a primeira fábrica em Portugal a produzir farinhas de madeira como combustível industrial, com capacidade para retirar óleos, extratos e ácidos da biomassa residual disponível.
Rui Carreira, Diretor Geral da CMC Biomassa, acredita que Portugal possui um potencial extrativo valioso na sua floresta, ainda por explorar. Com um mercado existente e crescimento a dois dígitos, este projeto inovador tem tudo para ser um sucesso.
O investimento incluiu a criação de uma nova unidade produtiva, integrando um processo extrativo para retirar óleos, extratos e compostos de alto valor a partir da biomassa residual. A fábrica, localizada na Zona Industrial de Porto de Mós (Leiria), foi projetada para máxima eficiência e aproveitamento de energia térmica na secagem de biomassa.
Essa indústria extrativa, única em Portugal e na Europa, oferece vantagens competitivas devido aos recursos endógenos abundantes no país.
Testemunho de Rui Carreira, Diretor Geral da CMC Biomassa
«Este projeto de valorização de biomassas residuais de distintas proveniências, apenas pode atingir toda a sua abrangência em resultado do apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Portugal 2020.
Hoje somos um projeto de referência no fornecimento de biocombustíveis sólidos ZERO EMISSÕES, para o setor industrial. Todos os nossos clientes estão abrangidos pela diretiva RED II – CELE, e como tal recorrem aos nossos biocombustíveis sólidos certificados.
No processo produtivo, a CMC Biomassa receciona e incorpora resíduos de biomassa proveniente das unidades recicladoras, acompanhados de código LER, dando resposta aos desafios da economia circular, tendo transformado cerca de 24.900 toneladas de resíduos registados no SILIAMB e acompanhados de E-Gar em 2023, com a biomassa residual florestal registadas na plataforma dos Manifestos do ICNF, e onde cada unidade rececionada nos permite produzir extratos líquidos e biocombustíveis sólidos.
Para tal desenvolvemos um processo industrial único, que nos permite valorizar biomassas que tradicionalmente só são usadas para queima diretamente sem valor agregado.
Este projeto, permitiu-nos ainda ser pioneiros na produção industrial de extratos líquidos ricos em cineol, derivados da biomassa residual das florestas de eucalipto, onde o mercado de exportação é o nosso grande mercado alvo, e onde 2023 foi um ano de excelência, tendo atingido os objetivos a que nos tínhamos proposto, tendo atingido vendas de 7.240M€ em 2024 e um EBITDA acima dos 30%.
Sem o apoio do Portugal 2020 o projeto não teria esta abrangência e seria muito menos impactante. O apoio financeiro recebido beneficiou ainda da compreensão dos atrasos ocorridos, uma vez que o período pandémico nos apanhou em plena fase de início dos comissionamentos e provocou atrasos significativos ao arranque do projeto e particularmente no atingir do ano cruzeiro do projeto. E foi nesta fase difícil que sentimos um total apoio das equipas do PT2020 que acompanharam o nosso projeto, sempre disponíveis para ouvir os nossos problemas, e encontrar soluções conjuntas.»
Cofinanciamento
O projeto promovido pela CMC Biomassa foi apoiado pelo COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação, envolvendo um investimento elegível de cerca de 7,3 milhões de euros o que resultou num incentivo de cerca de 4,3 milhões de euros.
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