Entrevistamos Pedro Gomes, Sócio-Gerente da Plásticos Futura

Síntese do projeto

Com a implementação do projeto Plásticos Futura – Indústria 4.0, a empresa alcançou um aumento significativo da capacidade de produção, envolvendo um considerável investimento na aquisição de equipamentos produtivos tecnologicamente avançados, nomeadamente Maquinaria Pesada de Injeção, Equipamentos de Impressão por Serigrafia, Robots de Manuseamento automáticos, e a Instalação de Módulos Fotovoltaicos para micro-geração.

Este investimento permitiu aumentar a capacidade Industrial da empresa em 40% e a Eficiência Produtiva em 30%. Este investimento também resultou na diversificação da produção, através da integração e convergência de novas tecnologias e conhecimentos, bem como na orientação para novos clientes e mercados.

Entrevistamos Pedro Gomes, Sócio-Gerente da Plásticos Futura (PF) que nos falou do projeto e das suas origens, bem como dos desafios futuros no horizonte da empresa.

Como nasceu o projeto Plásticos Futura – Indústria 4.0? Quais foram as principais motivações?

O projeto Plásticos Futura – Indústria 4.0 surgiu da necessidade da indústria de plásticos em se adaptar às necessidades crescentes por eficiência, sustentabilidade e competitividade.

Com a evolução das tecnologias e o surgimento do conceito de Indústria 4.0, a PF percebeu a importância de modernizar seus processos para se manterem relevantes no mercado globalizado. A motivação por trás do projeto foi impulsionada pela busca por soluções que permitissem uma produção mais ágil, personalizada e sustentável, alinhada às tendências e demandas do mercado atual.

O que considera ser o elemento diferenciador do projeto?

O principal ponto diferenciador do projeto Plásticos Futura – Indústria 4.0 reside na sua abordagem holística e integrada para a transformação digital da indústria de plásticos. Enquanto muitas empresas buscam implementar tecnologias isoladas, este projeto adota uma visão abrangente, incorporando uma ampla gama de tecnologias avançadas, desde sensores inteligentes, análise de dados, sistemas de fabrico aditivado, IoT e inteligência artificial. Essa integração de tecnologias permite uma otimização mais completa dos processos de produção, promovendo maior eficiência, flexibilidade e qualidade nos produtos finais.

Quais foram os principais desafios com que se depararam no desenvolvimento do projeto?

O desenvolvimento do projeto Plásticos Futura – Indústria 4.0 enfrentou uma série de desafios complexos, desde questões técnicas até aspetos organizacionais e financeiros. Um dos principais desafios foi a necessidade de investimentos significativos em infraestrutura e tecnologia, incluindo a aquisição de equipamentos avançados e a atualização de sistemas de informação. Além disso, a integração de novas tecnologias exigiu um esforço considerável em termos de formação e capacitação de RH, visando garantir que todos os colaboradores estivessem preparados para operar e tirar proveito das novas ferramentas.

Outro desafio importante foi garantir a segurança cibernética em um ambiente digitalmente conectado, protegendo os sistemas contra ameaças potenciais e garantindo a integridade e confidencialidade dos dados. Isso exigiu a implementação de protocolos de segurança robustos e a conscientização contínua sobre as melhores práticas de segurança entre os funcionários.

Além disso, houve desafios relacionados à mudança da cultura organizacional e resistência à mudança por parte de alguns membros da equipa. A transição para um ambiente de trabalho digitalizado e orientado para dados exigiu uma mudança de mentalidade e uma abordagem colaborativa para garantir o funcionamento e a participação de todos os envolvidos no projeto.

Quais são os desafios futuros da Plásticos Futura?

Apesar dos avanços significativos alcançados pelo projeto Plásticos Futura – Indústria 4.0, a jornada rumo à excelência continua, e novos desafios surgem no horizonte. Um desafio crucial é a constante evolução das tecnologias digitais e a necessidade de manter o projeto atualizado e alinhado com as últimas inovações. A rápida obsolescência de tecnologias implica investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento para garantir que a empresa permaneça na vanguarda da Indústria.

A interoperabilidade entre diferentes sistemas e plataformas é outro desafio futuro a ser enfrentado. À medida que mais tecnologias são integradas ao ambiente de produção, garantir uma comunicação eficiente entre essas tecnologias torna-se crucial para a eficácia global do sistema. A padronização e o desenvolvimento de protocolos abertos podem desempenhar um papel fundamental na superação desse desafio.

Além disso, a gestão eficaz de grandes volumes de dados gerados pelos dispositivos conectados é uma questão que continuará a pedir atenção. Estratégias robustas de análise de dados e inteligência artificial serão essenciais para extrair insights significativos a partir desses dados, contribuindo para uma tomada de decisão mais informada e ágil.

O fator humano também permanece como um desafio constante. A adaptação contínua da equipa às mudanças tecnológicas, a capacitação para lidar com as novas ferramentas e a promoção de uma cultura de inovação são elementos essenciais para o sucesso contínuo do projeto. Lidar com a resistência à mudança e garantir o envolvimento ativo de todos os colaboradores será uma tarefa contínua.

Por fim, a sustentabilidade assume um papel preponderante como um desafio e uma oportunidade para o futuro. A busca por processos de produção mais eco-eficientes, o uso responsável de recursos e a redução do impacto ambiental são metas que devem ser constantemente aprimoradas para atender às crescentes demandas da sociedade por práticas empresariais sustentáveis.

Ao enfrentar esses desafios futuros com determinação e inovação contínua, o projeto Plásticos Futura – Indústria 4.0 posiciona-se como um líder visionário na transformação digital da indústria de plásticos, promovendo não apenas eficiência operacional, mas também sustentabilidade e excelência a longo prazo.

O Apoio do COMPETE 2020

O projeto contou com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação, e realizou um investimento elegível de € 2.819.404 e um incentivo FEDER de € 1.691.642 o que representa uma taxa de execução de 98,82%.

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