Formação-Ação reforça competitividade das PME agrícolas
A medida Formação-Ação tem demonstrado um impacto significativo na capacitação das PME, especialmente no setor agrícola diz o Secretário-Geral da CAP.
Numa altura em que a Europa acelera o passo rumo à neutralidade carbónica, conheça as principais medidas e exigências que vão moldar a estratégia das empresas e do setor financeiro nos próximos anos.
A neutralidade carbónica é um objetivo central na estratégia de crescimento sustentável da União Europeia, que pretende tornar-se o primeiro continente neutro em carbono até 2050. Para tal, o controlo de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) surge como prioridade na ‘taxonomia verde’ — a regulamentação europeia que determina critérios para classificar atividades económicas como sustentáveis, incluindo o cumprimento do princípio de “não prejudicar significativamente” (DNSH).
No centro destas exigências estão as empresas, que passam a ter de alinhar os seus modelos de negócio com os princípios da neutralidade carbónica, identificando a origem das emissões, quantificando-as e adotando estratégias para as evitar, reduzir ou compensar. Estão igualmente obrigadas a explicitar riscos e impactos das suas atividades em termos climáticos e sociais, numa lógica de escrutínio alargado a todas as cadeias de valor. Esta pressão reforça-se com a nova diretiva comunitária de reporte sobre sustentabilidade corporativa, que, apesar de não abranger ainda a maioria das PME, as envolve indiretamente através das grandes empresas que as integram como fornecedoras.
Sistemas de apoio público e novas exigências para a banca
Esta abordagem sustentável é já uma realidade nos sistemas de apoio público cofinanciados por fundos europeus, como o PRR e o Portugal 2030, que destinam uma fatia significativa dos incentivos às empresas empenhadas em projetos que conciliam inovação e sustentabilidade. Vai também sentir-se na banca, que se prepara para indexar os seus investimentos a projetos que respondam a objetivos de proteção ambiental, social e de ética na governação corporativa, vulgarmente conhecidos por fatores ESG (environmental, social, governance).
Neste contexto, as PME, sobretudo as exportadoras ou as que façam parte de cadeias de abastecimento de grandes organizações, devem preparar-se para responder a novas exigências de transparência e partilha de dados, mesmo que ainda não estejam abrangidas pela obrigação de reporte detalhado. As cadeias de financiamento irão refletir este panorama: o setor financeiro terá de informar sobre o nível de risco associado à exposição a setores mais intensivos em carbono, sendo natural que os apoios e linhas de crédito — tanto públicos como privados — privilegiam cada vez mais projetos e negócios que promovam o crescimento sustentável.