Rede de Fornecedores Inovadores
Esta medida assenta na constituição de consórcios liderados por empresas nucleares de maior dimensão, em colaboração com os seus fornecedores.
Esta operação representa uma aposta na modernização dos processos produtivos, com foco na eficiência tecnológica e na sustentabilidade.
A indústria da metalomecânica está a viver uma transformação profunda, e a REFAL, LDA, é um dos exemplos mais claros de como a inovação tecnológica pode impulsionar a sustentabilidade. A empresa, sediada em Campia, Vouzela, está a desenvolver uma operação designada por Economia Circular, cofinanciada pelo COMPETE 2030, que visa modernizar a sua capacidade produtiva através da introdução de tecnologias avançadas e práticas ecológicas.
Segundo Paulo Simões, sócio fundador da REFAL, esta operação tem como objetivo responder a uma necessidade crescente do mercado por soluções mais sustentáveis, ao mesmo tempo que reforça a posição da empresa como líder na produção de perfis de alumínio. “Através deste investimento, pretendemos aumentar as nossas instalações e adquirir novos equipamentos de produção que utilizam tecnologias intensivas em controlo por computador e microprocessadores, integrando plenamente o conceito da Indústria 4.0”, afirma.
A componente tecnológica da operação é central para os objetivos da REFAL. Com a implementação de uma linha de refusão e reciclagem de alumínio, a empresa passará a incorporar matéria-prima reciclada nos seus produtos, reduzindo significativamente a emissão de gases com efeito de estufa. “A refusão vai permitir escoar os resíduos da nossa produção e dos nossos clientes e, com isso, recuperar e reintroduzir no processo produtivo essa matéria-prima reciclada, contribuindo para a descarbonização, pois a recuperação de alumínio produz muito menos GEE do que o produzir novo, a partir do minério bauxite”, explica Paulo Simões. Esta iniciativa insere-se num movimento mais amplo de adoção da economia circular, onde a eficiência no uso dos recursos e a minimização de desperdícios se tornam prioridades.
Além da linha de refusão, a REFAL irá instalar uma linha de lacagem, permitindo entregar ao cliente produtos já tratados superficialmente, um serviço cada vez mais procurado. A empresa apostará também em novas máquinas CNC, altamente automatizadas, que irão permitir a produção interna de perfis técnicos próprios. “Estas tecnologias não só reforçam a nossa capacidade de produção como nos permitem desenvolver produtos diferenciados, sem depender de terceiros”, destaca.
O impacto desta operação não se limita apenas ao aumento da eficiência e da sustentabilidade. A REFAL ambiciona expandir a sua presença nos mercados internacionais, prevendo que 42% das suas vendas sejam destinadas à exportação, nomeadamente para países europeus e do continente americano. “Com esta operação, queremos aumentar a nossa capacidade produtiva em mais de 20% e fabricar novos perfis técnicos, adaptados às exigências de setores como o das energias renováveis, com estruturas para telhados de painéis fotovoltaicos, pérgolas e guarda-corpos”, afirma Paulo Simões.
A operação de Economia Circular promovida pela REFAL demonstra como a tecnologia, quando aliada a uma visão estratégica de sustentabilidade, pode transformar profundamente um setor industrial. “Estamos a preparar a empresa para o futuro, apostando na inovação e na responsabilidade ambiental, que consideramos essenciais para o nosso crescimento sustentado”, conclui Paulo Simões.
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