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COMPETE 2030 recebe NutriSafeLab para evento sobre inovação na pastelaria e panificação 

12 de Junho 2024 | Notícias

Na última edição do “Boas Conversas”, o evento interno do COMPETE 2030, recebemos o Grupo Celeste para nos falar sobre o “NutriSafeLab”, um projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020. 

Luís Castilho, Vogal da Comissão Diretiva do COMPETE 2030, abriu a sessão reforçando a importância dos projetos apoiados pela Política de Coesão da União Europeia para o crescimento da inovação portuguesa em diversos setores. 

A convidada desta iniciativa foi Catarina Rocha, Técnica de Investigação e Desenvolvimento do Grupo Celeste, que apresentou a empresa e o projeto NutriSafeLab.

Numa conversa informal, moderada por Lourenço Ovídio, da Unidade de Comunicação, Catarina Rocha referiu os desafios anteriores ao projeto, a aposta desta empresa na inovação e o investimento na sustentabilidade com um tema inevitável a todos os setores. 

Joana Castro, Responsável de Qualidade e Segurança Alimentar, esteve, também, presente destacando a estratégia do Grupo, que conta com mais de 50 anos de história, e como este projeto aliou a tradição à inovação para gerar valor acrescentado aos produtos existentes. 

A procura por produtos naturais, mais saudáveis, com menos açúcar e calorias, ausência de aditivos e com ingredientes funcionais que proporcionem benefícios para a saúde é crescente. 

O NutriSafeLab propôs-se a reinventar a indústria de panificação e pastelaria em Portugal, tendo como foco o fabrico de novas opções alimentares com menor teor de sal, corantes e metade da gordura, reforçadas com maior teor de fibra, aumentando, ainda, o tempo de vida útil para o seu consumo. 

“O projeto começou com a necessidade de acompanhar as tendências mais exigentes do consumidor atual que está mais informado. O objetivo principal foi melhorar o perfil nutricional e funcional dos produtos de pastelaria e panificação no Grupo Celeste com o desenvolvimento de uma linha de produtos saudáveis, substituindo, por exemplo, o açúcar branco por tâmaras, sem mudar a cor e textura original dos produtos”, referiu Catarina Rocha. 

“A colaboração com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa foi muito positiva”

O Grupo Celeste, juntamente com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), conciliou esforços para desenvolver novos produtos no sentido de posicionar a empresa num segmento de inovação, promovendo a sua capacidade de competitividade no setor nacional e internacional. 

A equipa de investigação do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da UCP concebeu novas receitas para as massas de brioche e folhada com o objetivo de “diminuir a quantidade significativa de aditivos sintéticos nos produtos e desenvolvendo uma nova linha “Clean Label”, na qual conservantes, aromas e corantes sintéticos foram substituídos por alternativas naturais.”, partilhou também Catarina Rocha. 

O COMPETE 2020 apoiou este projeto que contribuiu para o avanço da investigação científica e modernização da indústria alimentar em Portugal. Foi possível investir e implementar um novo laboratório de I&D e duas novas linhas de produtos “Clean Label” e “Healthyfat”. 

O NutriSafeLab foi uma importante invocação para que esta empresa portuguesa pudesse aumentar a capacidade de resposta a um mercado exigente, alargando a diversidade de espaços e tornando-os mais competitivos com uma forte aposta no marketing dos produtos. 

A empresa conta já com três unidades fabris, dez lojas e um supermercado e ainda uma unidade fabril no Luxemburgo, aumentando a proximidade da comunidade portuguesa no estrangeiro e do público local. 

Pretendem, agora, iniciar a 2.ª fase do projeto com um pastel de nata vegan com menos 55% de gordura, para todos aqueles que não podem consumir produtos lácteos e expandir, internacionalmente, a massa brioche e folhada. 

Grupo Celeste aposta na sustentabilidade ambiental 

Ao nível de sustentabilidade, Catarina Rocha destacou que “o Grupo [Celeste] aderiu ao Pacto Climático de Guimarães que está hoje [5 de junho, Dia Mundial do Ambiente] a ser assinado”. Uma iniciativa do Município de Guimarães que visa envolver os cidadãos, empresas e instituições numa ação colaborativa para a descarbonização do território, tendo em vista a neutralidade climática em 2030.

Nesta área está a ser feito “um grande investimento na empresa com a instalação de painéis fotovoltaicos e luzes led para reduzir o consumo de energia e diminuir a pegada carbónica”.

O packaging é outro elemento que está a ser trabalhado com materiais mais sustentáveis, assim como a frota automóvel, onde os veículos elétricos ganham cada vez mais espaço, e “a maquinaria” que foi renovada com “equipamentos mais eficientes energeticamente, reduzindo os custos de produção”. 

Na componente social, existe a preocupação em combater o desperdício alimentar, estabelecendo-se contactos com parceiros como a Refood, onde são distribuídos os excedentes alimentares para as famílias e instituições que mais precisam desses bens. 

Com um investimento elegível de 724 mil euros, o “NutriSafeLab” representou um marco significativo na indústria para posicionar o Grupo Celeste como líder no segmento, tanto no mercado nacional quanto internacional. 

Catarina Rocha concluiu que “o Grupo Celeste fez uma grande aposta na inovação e sustentabilidade e pode ser um bom exemplo de como as pequenas empresas conseguem tornar-se grandes, aproveitando os apoios para a Investigação & Desenvolvimento”.

Após a conversa, todos os presentes tiveram a oportunidade de provar alguns dos produtos já desenvolvidos com diminuição da gordura, na massa folhada, como foi o caso do croissant, da linha HealthyFat, e dos Pães de Deus e do Bico de Pato, que foram alvo da redução dos aditivos e substituídos os corantes artificiais por ingredientes naturais como a curcuma para dar a cor natural dos alimentos. 

O projeto foi cofinanciado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistemas de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Copromoção, envolvendo um investimento elegível de 724 mil euros o que resultou num incentivo FEDER de 482 mil euros. 

Última atualização a 12 de Junho 2024

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