1.067 M€ a concurso e 471 M€ de incentivo aprovado
Desde o início do Programa, o COMPETE 2030 tem promovido avisos de concurso para apoiar a inovação e o desenvolvimento empresarial, contribuindo para a competitividade da economia nacional.
O Programa de Internacionalização da Fileira do Calçado e Moda para 2022, vai além da mera presença em eventos internacionais, estabelecendo pontes para o futuro do setor, alinhando-se com as exigências e tendências da próxima década.
Num cenário onde a grande maioria da produção de calçado português é exportada, a promoção comercial externa torna-se imperativa. Nas palavras de João Maia, Diretor-Geral da APICCAPS, a colaboração estratégica historicamente estabelecida, aliada a iniciativas inovadoras, tem elevado o setor a novos patamares de competitividade internacional, resultando num crescimento notável das exportações:
“A promoção comercial externa é uma prioridade para a indústria de calçado em Portugal, que exporta por ano mais de 90% da sua produção para mais de 170 países, nos cinco continentes.
Por esse motivo, historicamente, o setor do calçado através da APICCAPS, em parceria com a AICEP e o apoio do programa COMPETE 2020, tem desenvolvido iniciativas complementares, envolvendo várias dezenas de empresas, o que tem permitido ao setor reposicionar-se na cena competitiva internacional.
No âmbito destes projetos, tem sido possível aumentar as exportações – mais de 50% na última década – abordar novas geografias e ascender na cadeia de valor. A esse propósito, importa realçar que o crescimento do preço médio do calçado português tem vindo a aumentar de forma sustentada e é já o segundo mais elevado entre os principais produtores mundiais de calçado.
No âmbito deste novo projeto, que prevê 53 iniciativas promocionais em 18 mercados, acredita a APICCAPS que será possível consolidar a presença relativa do calçado português nos mercados mais tradicionais e reforçar a presença em mercados estratégicos, de modo a construir um futuro mais competitivo para a fileira do calçado em Portugal.”
Nos desafios e transformações globais, o setor do calçado em Portugal tem demonstrado resiliência e visão de futuro. O “Programa de Internacionalização da Fileira do Calçado e Moda para 2022” emerge como um marco nessa jornada, destacando-se não apenas por sua abrangência, mas também por sua estratégia alinhada com o plano setorial Footure2020.
O projeto, cofinanciado pelo COMPETE 2020 e executado entre setembro de 2021 e junho de 2023 pela Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedaneos (APICCAPS), vai além da mera presença em eventos internacionais. Ele estabelece pontes para o futuro do setor, alinhando-se não apenas com o presente, mas também com as exigências e tendências da próxima década.
O projeto não se limita a uma presença física em feiras e missões. Adota uma abordagem estratégica ao direcionar esforços para mercados-chave como França, Alemanha, Países Baixos, Espanha, Itália e Reino Unido. Além disso, abre caminho para oportunidades de crescimento nos Estados Unidos, Japão e Suécia, diversificando as fronteiras comerciais e consolidando a posição de Portugal no cenário global.
O plano do projeto é multifacetado, compreendendo ações conjuntas de conhecimento de mercados externos, prospeção e presença em mercados internacionais, promoção e marketing internacional, iniciativas direcionadas a mercados de oportunidade e outras voltadas para diferentes regiões.
Num contexto em que a digitalização redefine as interações comerciais, o projeto reconhece a importância de equilibrar a presença física em eventos com uma forte presença online. A crescente digitalização das cadeias de valor, impulsionada pela pandemia, é evidente no setor do calçado, seja na relação com o consumidor ou nas transações B2B. O projeto executado procura integrar o mundo digital e a participação física em eventos, aproveitando o melhor de ambos os mundos.
A pandemia de COVID-19 trouxe desafios significativos, afetando a procura, prejudicando atividades de promoção e prospeção, e causando perturbações nas cadeias de valor. Contudo, o projeto adotou uma abordagem estratégica para defender a posição de Portugal nos mercados tradicionais e explorar oportunidades em regiões com maior potencial de crescimento.
Além dos aspetos comerciais, o projeto incorpora a sustentabilidade como um pilar fundamental. A realização de um evento sobre sustentabilidade na Suécia destaca o compromisso do setor em promover práticas que preservem recursos naturais, reduzam o impacto ambiental e social, e atendam às crescentes exigências por produtos éticos e responsáveis.
A presença online não é apenas uma necessidade, mas uma estratégia para fortalecer a visibilidade e reputação das empresas participantes. A componente de Comunicação Empresarial destaca-se pelo investimento significativo em marketing digital, produção de conteúdos digitais, websites e lojas online. Essas iniciativas representam não apenas uma adaptação às mudanças, mas uma antecipação das necessidades do mercado.
Ao final do projeto, fica claro que a internacionalização da fileira do calçado não é apenas uma resposta às exigências do presente, mas uma visão proativa para moldar o futuro. Portugal não apenas defendeu sua posição nos mercados tradicionais, mas também abriu caminhos para novas oportunidades, fortalecendo a indústria do calçado como um player global.
O Apoio do COMPETE 2020
O projeto foi promovido pela APICCAPS e contou com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME (Projetos Conjuntos), envolvendo um investimento elegível FEDER de sete milhões de euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de quatro milhões de euros.
Desde o início do Programa, o COMPETE 2030 tem promovido avisos de concurso para apoiar a inovação e o desenvolvimento empresarial, contribuindo para a competitividade da economia nacional.
Nos dias 23 e 24 de outubro, a região do Alentejo foi palco da 4.ª Reunião do Comité de Acompanhamento do COMPETE 2030. Este encontro procurou fortalecer o diálogo e a colaboração, impulsionando o desenvolvimento de iniciativas cofinanciadas pelo Programa.
Lisboa foi eleita Melhor Destino Culinário da Europa, enquanto o Porto recebeu o título de Melhor Destino Culinário Emergente.