Inovação tecnológica revoluciona a automação de processos de negócio
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Na mais recente edição do "Boas Conversas", o COMPETE 2030 recebeu Jorge Carneiro, da Grestel, para falar sobre o projeto Ecogrés 4.0, finalista dos prémios Regiostars 2024.
Na mais recente edição do “Boas Conversas”, o COMPETE 2030 recebeu Jorge Carneiro, da Grestel, para falar sobre o projeto Ecogrés 4.0, finalista dos prémios Regiostars 2024.
Na última edição de “Boas Conversas”, promovida pelo COMPETE 2030, o tema central foi a inovação e sustentabilidade na indústria cerâmica. Jorge Carneiro, responsável pelo núcleo de I&D da Grestel – Produtos Cerâmicos, apresentou o Ecogrés 4.0, um projeto inovador que esteve entre os finalistas dos prémios Regiostars, na categoria “Green Europe”.
Abertura da sessão: a importância dos projetos cofinanciados
Nuno Mangas, Presidente da Comissão Diretiva do COMPETE 2030, abriu a sessão destacando o impacto dos projetos cofinanciados pela Política de Coesão da União Europeia no crescimento e competitividade da economia portuguesa. Segundo o presidente, projetos como o Ecogrés 4.0 são um exemplo do potencial da inovação para alavancar indústrias tradicionais como a cerâmica. “A Grestel parte do princípio de aproveitar o desperdício das outras fábricas, o que é fundamental num mundo onde os recursos são cada vez mais escassos. Além disso, estão virados para mercados muito evoluídos, como o norte-americano, e contam com uma forte incorporação de conhecimento, em parceria com universidades como a de Aveiro.”
Mangas sublinhou também a relevância do contexto nacional no projeto: “É notável que 90% a 95% dos equipamentos utilizados na fábrica da Grestel sejam nacionais, o que mostra uma capacidade arrojada de fazer diferente e de arriscar.”
O projeto Ecogrés: Economia circular na indústria cerâmica
Numa conversa moderada por Lourenço Ovídio, da Unidade de Comunicação do COMPETE 2030, Jorge Carneiro explicou como a sustentabilidade e a inovação se tornaram temas centrais no setor cerâmico. O Ecogrés 4.0, cofinanciado pelo COMPETE 2020, é um projeto focado na economia circular e na eficiência de processos, integrando resíduos de diversas indústrias para criar pastas cerâmicas. “O elemento diferenciador deste projeto é a produção de pastas com mais de 95% de resíduos e subprodutos do processo interno e de outras indústrias. A inclusão de resíduos da indústria metalomecânica e do alumínio valoriza materiais que, de outra forma, seriam descartados em aterros. Isto torna este projeto único a nível mundial.”
Carneiro realçou ainda que a parceria com a Universidade de Aveiro foi essencial para o sucesso do projeto: “Com o apoio científico da Universidade, fomos capazes de criar algo verdadeiramente inovador, não só em termos de pastas cerâmicas, mas também em soluções de eficiência energética e sustentabilidade.”
Reconhecimento internacional: Finalista nos prémios Regiostars 2024
O Ecogrés 4.0 foi o único projeto português finalista na categoria “Europa Verde”, nos prestigiados prémios Regiostars 2024, que reconhecem as iniciativas mais inovadoras e inspiradoras financiadas pela União Europeia. Este ano, entre as 262 candidaturas, apenas 25 projetos foram selecionados como finalistas. “Esta nomeação é o reconhecimento, por parte da Comissão Europeia, do valor inovador do projeto que deu origem à fábrica Ecogres – Cerâmica Ecológica, considerada pioneira na área da sustentabilidade,” acrescentou Jorge Carneiro.
Fábrica Ecogres: Um exemplo global
A nova fábrica Ecogres é uma das mais inovadoras a nível mundial. Além de produzir pastas cerâmicas sustentáveis, a fábrica implementa várias soluções de eficiência energética, como o reaproveitamento do ar quente dos fornos, o tratamento de águas residuais e o uso de energia fotovoltaica. “O nosso objetivo é replicar este modelo noutras indústrias, não só na cerâmica, pois faz todo o sentido à medida que os recursos se tornam mais escassos”, afirmou Jorge Carneiro.
Cofinanciamento COMPETE 2020
O projeto Ecogrés 4.0 foi cofinanciado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva, envolvendo um investimento elegível de 10 milhões de euros, o que resultou num incentivo FEDER de 2 milhões de euros.
Futuro da Indústria 4.0
Jorge Carneiro concluiu a conversa destacando a importância de projetos como o Ecogres 4.0 para o futuro da indústria. “O balanço é extremamente positivo. Já estamos a ver resultados que correspondem ao planeado e acredito que esta parceria entre a indústria e a academia vai permitir o desenvolvimento de soluções diferenciadoras que contribuem para a competitividade do país.”
A sessão encerrou com a exibição de peças produzidas e comercializadas pela Grestel, mostrando a aplicabilidade real das inovações desenvolvidas no projeto.
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