BiOsseoSpine2.0 promove inovação na regeneração óssea

A Bioceramed, empresa portuguesa especializada no desenvolvimento e fabrico de dispositivos médicos de alta tecnologia, aposta na biotecnologia para transformar o futuro da cirurgia da coluna. O projeto BiOsseoSpine2.0, cofinanciado pelo COMPETE 2030, visa o desenvolvimento de uma membrana híbrida orgânica-inorgânica multifuncional para fusão espinhal posterolateral, com propriedades avançadas de regeneração óssea e potencial para melhorar significativamente a recuperação dos doentes. 

Segundo Alexandre Barros, CEO da Bioceramed, “o projeto BiOsseoSpine2.0 nasce da ambição de responder a um dos maiores desafios da cirurgia da coluna: a regeneração óssea eficaz em procedimentos de fusão espinhal posterolateral. Esta intervenção é realizada anualmente em mais de 3 milhões de doentes em todo o mundo, representando um mercado em crescimento, mas ainda marcado por elevadas taxas de complicações, como pseudoartroses e infeções pós-cirúrgicas, que podem atingir até 15% dos casos.” 

Inovação para responder aos desafios da cirurgia da coluna 

A dor lombar e as doenças degenerativas da coluna representam uma das principais causas de incapacidade a nível mundial. Quando os tratamentos convencionais falham, a cirurgia de fusão espinhal torna-se a única solução eficaz — mas enfrenta ainda limitações significativas devido aos materiais existentes, que nem sempre garantem uma regeneração óssea completa. 

O BiOsseoSpine2.0 surge precisamente para responder a esse desafio, através da investigação e desenvolvimento de biomateriais avançados com propriedades biológicas superiores. “Com o BiOsseoSpine2.0, estamos a desenvolver uma membrana híbrida bioativa orgânico-inorgânica, capaz de promover simultaneamente osteocondução, osteoindução, angiogénese e atividade antimicrobiana, combinando segurança, eficácia e desempenho clínico superior,” explica Alexandre Barros. 

Da investigação à aplicação clínica 

Com uma duração de 24 meses, o projeto inclui várias fases de investigação, desenvolvimento e validação pré-clínica, assegurando o rigor científico e tecnológico necessário para futura certificação CE e FDA. 

A membrana resultante será validada in vitro e in vivo, avaliando biocompatibilidade, toxicidade e eficácia na regeneração óssea. O objetivo é reduzir o tempo de recuperação, diminuir o número de cirurgias de revisão e melhorar a integração do implante com o osso hospedeiro, contribuindo para uma recuperação mais rápida e previsível dos doentes. 

O contributo do COMPETE 2030 

O apoio do COMPETE 2030 tem sido essencial para garantir a solidez científica e tecnológica do projeto. “O apoio do programa COMPETE 2030 tem sido determinante para o sucesso deste percurso, permitindo-nos consolidar a componente de investigação aplicada, garantir o rigor científico e tecnológico necessário à validação pré-clínica e preparar a transição para a produção piloto e fase regulatória,” destaca Alexandre Barros. 

Este apoio reforça o papel da Bioceramed como referência internacional na área da biotecnologia médica, contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras em saúde e para o fortalecimento do ecossistema nacional de I&D. 

Portugal na vanguarda da medicina regenerativa 

Com presença em mais de 50 países, a Bioceramed tem-se afirmado como líder no desenvolvimento de dispositivos médicos de elevada complexidade nas áreas de ortopedia, coluna e odontologia. 

“Este projeto vem reforçar o portefólio inovador da Bioceramed, ampliando a sua oferta de soluções regenerativas e ortobiológicas de última geração. O BiOsseoSpine2.0 é mais um exemplo do nosso compromisso em posicionar Portugal na vanguarda da medicina regenerativa, desenvolvendo dispositivos médicos de elevado valor acrescentado com impacto global na saúde e na qualidade de vida dos doentes,” conclui Alexandre Barros. 

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