Entrevistámos Branca Pereira, coordenadora do projeto Portugal Sou Eu

Ao sensibilizar os consumidores para a compra de produtos portugueses, o projeto, nos seus 10 anos, já engloba cerca de 20.000 produtos de mais de 1.000 empresas nacionais

Venha conhecer Branca Pereira, coordenadora do projeto Portugal Sou Eu, que partilhou a sua trajetória profissional e alguns dos momentos mais marcantes. Destaque para a mobilização de empresas para apoiar o NRP Sagres durante os Jogos Olímpicos, além da importância de celebrar as conquistas das mulheres, enfrentando os desafios da discriminação de género. Branca destacou o desafio interessante de comunicar o projeto a públicos diversos e sublinhou o impacto positivo dos Fundos da União Europeia, capacitando empresas para crescerem de forma sustentável e resiliente. Saiba mais na entrevista completa.

• O que a atraiu para este mundo profissional?

Depois de trabalhar cerca de 20 anos na indústria, senti a necessidade de experienciar outras abordagens à atividade empresarial. Utilizando o conhecimento adquirido na indústria, enveredei pelo apoio às empresas, quer em termos estratégicos, quer em termos da gestão do seu dia a dia, ao integrar uma associação empresarial. A minha atual função de gestão e coordenação de projeto, que exerço desde 2015, permite-me ter atividade diversificada, contacto com empresas e consequentemente pessoas, o que encaixa perfeitamente com o meu perfil.

• Qual foi o momento mais emocionante no seu trajeto profissional?

Houve muitos momentos emocionantes, pelo que tenho muita dificuldade em eleger um, mas posso referir um, no âmbito do “Portugal Sou Eu”, quando o NRP Sagres foi a Casa de Portugal durante a realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em que conseguimos mobilizar as nossas empresas aderentes a doar produtos para abastecer a despensa do Sagres. Tendo atingido as 7 toneladas de produtos, o momento em que todos nos reunimos no cais para carregar os produtos a bordo foi memorável.

• No âmbito do Dia Internacional da Mulher, qual a importância de realçar e celebrar as conquistas das mulheres?

As conquistas devem ser celebradas, certamente, mas mais importante é não cedermos ao desânimo perante os obstáculos que não nos permitem avançar com a celeridade desejada.

A discriminação de género tem a na sua génese um condicionamento cultural profundo e em consequência uma evolução por natureza muito lenta. Mas as mulheres são por natureza resilientes…

• E qual foi o desafio mais interessante de superar no contexto do projeto Portugal Sou Eu?

O Programa “Portugal Sou Eu” teve vários desafios ao longo dos seus 10 anos de atividade, mas diria que o mais interessante, talvez pela dificuldade, é fazer passar a mensagem do Programa a públicos-alvo tão diversos como entidades públicas, empresas e consumidores finais. É um desafio que nos acompanha desde o início e continuará a acompanhar no futuro.

• A sua experiência com os Fundos da União Europeia… fizeram a diferença? 

Sim, os Fundos da União Europeia permitiram ao programa “Portugal Sou Eu” desenvolver atividades que tiveram um impacto positivo nas nossas empresas, capacitando-as para escalar os seus negócios, e torná-los mais sustentáveis e resilientes às crises que têm caraterizado este início de século e em particular a última década. De referir que muitas dessas empresas são lideradas por mulheres e o próprio Órgão de Gestão do Programa é totalmente constituído por mulheres.

Breve nota biográfica

Licenciada em direito, com pós-graduação em Gestão, é coordenadora do projeto Portugal Sou Eu na AEP -Associação Empresarial de Portugal desde 2015 e em representação da mesma líder de projeto, acumulando desde 2019, na mesma qualidade a coordenação do Programa Portugal Sou Eu.

Links úteis

Notícia | Portugal Sou Eu, aposta em parcerias para apoiar a produção nacional

Notícia sobre a Sessão “Boas Conversas” do COMPETE 2030

Website | Portugal Sou Eu