Segundo dados divulgados pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel, as exportações de componentes automóveis registaram o maior valor de sempre no mês de abril, com um crescimento de 11%, totalizando 1.100 milhões de euros.
Em 2023, o balanço revelou-se bastante positivo. As exportações superaram os 1000 milhões de euros durante 8 dos 12 meses do ano. Também no 4.º trimestre de 2023 foi registado um aumento, de 7,4%, face ao período de outubro a dezembro de 2022, tendo-se atingido os 3.096 milhões de euros em vendas ao exterior.
«É de notar que as exportações de componentes automóveis são responsáveis por 16,1% das exportações nacionais de bens transacionáveis, o que significa que por cada 100 euros exportados, 16,10€ provêm da indústria de componentes automóveis», refere José Couto, presidente da AFIA.
Destino dos componentes
O principal destino destes componentes continua a ser o continente europeu, concentrando 89,2% das vendas realizadas em 2023, verificando-se, assim, um aumento de 15,7% relativo ao mesmo período em 2022. Destaca-se, ainda, um crescimento de 25,2% das exportações para a África e o Médio Oriente que passaram a representar 3,1% das exportações.
«Apesar dos resultados obtidos terem melhorado relativamente a março é importante ter consciência que continuamos a enfrentar momentos muito difíceis resultantes da instabilidade económica, desafios relacionados com a diminuição de encomendas e dos conflitos internacionais. Não temos dúvidas que é necessário mantermo-nos competitivos e capazes de fazer a diferença para que os nossos clientes nos reconheçam como parceiros, o momento é complexo, obriga-nos a estar atentos e antecipar surpresas desagradáveis.”, acrescenta José Couto.
Principais mercados
Em relação aos 15 principais mercados clientes, Espanha mantém-se como a principal compradora de componentes automóveis portugueses, com uma quota de 27,9%, seguida pela Alemanha (22,6%) e França (10,4%).
Os Estados Unidos da América apresentam a única queda (de 12,3%) nas exportações de componentes automóveis nacionais entre 2022 e 2023.
É de assinalar o crescimento superior a 40% da variação relativa a 2022 em três mercados do top 15, sendo eles, por ordem de lugar que ocupam neste top, Suécia, no 12.º lugar com uma variação superior a 60,8%, Marrocos, no 13.º lugar, com um crescimento de 40,7% em relação ao ano anterior e Áustria, que ocupa o último lugar do top 15 com uma variação relativa de 46,6%.
A indústria de componentes automóveis tem enfrentado diferentes desafios e cenários que continuam a afetar empresas e fornecedores. No entanto, tem sabido encontrar formas de manter a sua competitividade mostrando-se um setor extremamente resiliente e de elevada adaptabilidade no nosso país.
Consulte mais informações no relatório da AFIA, referente a janeiro – dezembro de 2023.
A indústria é fundamental para o crescimento económico de qualquer país, e Portugal não é exceção. Contribuindo com cerca de 20% para o PIB e empregando mais de 600 mil pessoas, a indústria portuguesa continua a ser um pilar essencial da economia.
O setor do mobiliário e afins em Portugal alcançou em 2023 o seu melhor ano de sempre em termos de exportações, ultrapassando os 2 mil milhões de euros.