Integração dos ODS impulsiona sucesso empresarial
Conheça como a adoção estratégica dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável pode reforçar a competitividade empresarial.
A medida Formação-Ação tem demonstrado um impacto significativo na capacitação das PME, especialmente no setor agrícola diz o Secretário-Geral da CAP.
A medida Formação-Ação tem vindo a demonstrar um impacto significativo na capacitação das PME, especialmente no setor agrícola. Segundo Luís Mira, Secretário-Geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), esta metodologia formativa está a transformar a forma como as empresas encaram a aprendizagem e a inovação.
Luís Mira, Secretário-Geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), destaca a Formação-Ação como uma ferramenta essencial para a capacitação das PME, especialmente no setor agrícola. Graças ao apoio do COMPETE 2020, muitas empresas beneficiaram desta abordagem inovadora, que alia formação teórica a um acompanhamento prático e personalizado. O balanço é positivo e aponta para um futuro promissor na qualificação do setor.
O que distingue a Formação-Ação?
A Formação-Ação difere das metodologias tradicionais por integrar aprendizagem e intervenção prática diretamente no ambiente de trabalho. “Esta abordagem permite que os trabalhadores apliquem de imediato os conhecimentos adquiridos, tornando a aprendizagem mais eficaz e adaptada à realidade de cada empresa”, explica Luís Mira, Secretário-Geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
Entre as suas principais características está o acompanhamento especializado por consultores, que trabalham diretamente com as empresas para implementar melhorias concretas nos processos produtivos e organizacionais. “Existe um trabalho de um para um, no local de trabalho, o que permite um impacto imediato na produtividade e gestão”, acrescenta.
Outro fator diferenciador é o diagnóstico inicial, que identifica as necessidades específicas de cada organização e permite desenvolver planos de ação personalizados. “Não se trata de uma formação genérica, mas sim de um processo estruturado e ajustado às reais necessidades da empresa”, sublinha Luís Mira.
Benefícios concretos para as PME agrícolas
O setor agrícola tem-se destacado na adesão à Formação-Ação, com resultados evidentes na melhoria da gestão, na eficiência do uso de recursos e na adoção de novas tecnologias. “Esta medida tem sido fundamental para a certificação e melhoria da qualidade dos produtos agrícolas, o que aumenta a competitividade das PME no mercado”, afirma o Secretário-Geral da CAP.
Entre os ganhos práticos, destacam-se a melhoria das práticas de segurança e higiene no trabalho, a otimização da utilização de recursos como água e energia e o incentivo à inovação através da mecanização e digitalização do setor.
O impacto da digitalização e inovação
A digitalização tem sido um fator-chave na evolução das PME agrícolas. “A implementação de novas tecnologias, como sensores para monitorização de culturas e plataformas digitais para gestão agrícola, tem permitido um controlo mais eficiente e sustentável da produção”, salienta Luís Mira.
Além disso, o uso de drones e sistemas de geoprocessamento tem revolucionado a monitorização de terrenos e a aplicação de fertilizantes, reduzindo desperdícios e aumentando a produtividade. “A inovação tecnológica é uma prioridade para garantir a competitividade e a sustentabilidade do setor”, reforça.
Sustentabilidade e certificação como fatores críticos
A preocupação com a sustentabilidade tem levado muitas PME agrícolas a adotarem práticas mais ecológicas e a procurarem certificações que garantam a qualidade dos seus produtos. “A Formação-Ação tem apoiado processos de certificação em áreas como a gestão florestal sustentável, a agricultura biológica e a produção integrada, permitindo que as empresas respondam melhor às exigências do mercado”, destaca o responsável da CAP.
Além disso, a formação em práticas agrícolas sustentáveis, como a utilização eficiente de recursos hídricos e energéticos, está a tornar-se uma prioridade. “As empresas que apostam na sustentabilidade não só reduzem custos operacionais, como também se posicionam melhor em mercados que valorizam produtos com menor pegada ambiental”, acrescenta Luís Mira.
O futuro da Formação-Ação nas PME
Olhando para o futuro, a Formação-Ação continuará a desempenhar um papel fundamental na adaptação das PME às exigências do mercado. “A digitalização será um dos eixos principais, com o recurso a plataformas online e ferramentas de inteligência artificial que tornarão a aprendizagem mais acessível e flexível”, antevê Luís Mira.
A sustentabilidade será outra área prioritária, com uma aposta crescente em formação sobre gestão eficiente de recursos, biotecnologia e práticas de agricultura regenerativa. “As empresas que adotarem processos mais ecológicos terão uma vantagem competitiva, tanto em termos de custos como de acesso a mercados exigentes”, reforça.
A aprendizagem imersiva, através de realidade aumentada e virtual, também ganhará espaço, permitindo experiências formativas mais envolventes e eficazes. Além disso, a colaboração entre empresas, universidades e centros tecnológicos será crucial para estimular a inovação e a partilha de boas práticas.
A implementação de certificações e a adoção de critérios ESG (ambientais, sociais e de governança) serão cada vez mais valorizadas. “A Formação-Ação tem de evoluir para responder a estas novas exigências, garantindo que as PME portuguesas continuam competitivas e sustentáveis”, conclui Luís Mira.
O sucesso desta iniciativa, comprovado pelos resultados do COMPETE 2020, demonstra que a qualificação dos trabalhadores é um investimento essencial para a modernização do setor agrícola e a sustentabilidade das empresas no futuro. Com a evolução da medida e a aposta em novas áreas estratégicas, o COMPETE 2030 continuará a apoiar o crescimento e a inovação nas PME portuguesas.